Escola de Engenharia de São Carlos . Departamento de Arquitetura . EESC / USP

Monografia apresentada à disciplina:

SAP 5846 – Habitação, Metrópoles e Modos de Vida

Docente responsável: Profº. Drº. Marcelo C. Tramontano

Janeiro – 2006

 

Aluno Especial: Marcus Cley S. Rosa                                                                 Nº USP: 5531735

Tema: “A habitação modernista paulistana: projetos e realizações”

Sub-Tema: A primeira modernização de Artigas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

“O pensamento nasce da ação e, num espírito sadio, volta para a ação”

                                                                                                                                                                    Paul Langevin

 

Sumário

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Introdução...................................................................................................................      1

Incursão ao universo de Wright..................................................................................      3

A casinha....................................................................................................................      7

Conclusão...................................................................................................................    10

Bibliografia..................................................................................................................    11

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Introdução

 

 

O paranaense João Batista Vilanova Artigas graduou-se Engenheiro-Arquiteto pela Escola Politécnica de São Paulo em 1937, neste período a capital paulista já era o centro econômico do país e seu processo de industrialização se intensificava de uma forma vertiginosa conjuntamente com o seu território urbano e populacional.  O Brasil vivia sobre o regime ditatorial do “Estado Novo” de Getúlio Vargas e o processo “desenvolvimentista” implantado por sua gestão.   Poucos anos mais tarde, o mesmo governo alinha-se aos E.U.A no combate ao “nazifacismo” europeu,  a repercussão de tal ação resultou no aceleramento na transição da influência européia para norte-americana sobre o nosso país.

            Os filmes Hollywoodianos, a propaganda, os produtos industrializados, as revistas sobre os mais diversos temas foram preponderantes à difusão do “american way of life” e modificaram em vários aspectos os modos de vida e morar da classe média brasileira e principalmente a paulistana.  Através de publicações especializadas, Vilanova Artigas entra em contato com o universo arquitetônico norte americano, onde algumas vertentes revelavam  a renovação do espaço doméstico residencial daquele país, traduzidas por experiências formais, construtivas e funcionais  em detrimento às soluções parisienses  do séc. 19 utilizadas nas residências burguesas paulistanas.

            Richard Neutra, Charles Eames entre outros arquitetos, despertaram em Artigas o ímpeto de renovação do espaço doméstico paulista, mas é a figura de Frank Lloyd Wright quem irá influenciá-lo com maior intensidade no início de sua carreira.

            Esta monografia têm como objetivo, estudar os desdobramentos desta influência wrightiana no projeto da primeira residência construída por Artigas dentro do tema sugerido pela disciplina:  “A habitação moderna paulistana: Projetos e realizações”.  Com o sub-título: “A primeira modernização de Artigas

            

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Casa Robie em Chicago, 1909

 
 

 

 

 

 


 

 

 

 

 

 

                                                             Incursão ao universo de Wright

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Em 1942, cinco anos após se graduar, Artigas projeta para ele e sua esposa uma residência compacta, reveladora de proposições construtivas-espaciais  oriundas do vocabulário arquitetônico wrightiano[1] muito mais contundentes do que o mesmo já havia ensaiado em casas construídas anteriormente com o sócio Duílio Marone.

 

“Nessa coisa de Belas Artes, de eu ter ido fazer desenho livre com os artistas, a arquitetura começou a me aparecer com um significado diferente.  E eu comecei a ler revistas americanas.  E a partir do conhecimento, da leitura dessas revistas sobre arte é que fui ajudar o pessoal a fazer o desenho a mão livre, com caneta tinteiro.  Mas talvez fosse esse o caminho que me levou a ver a obrado Wright e acabar estudando e conhecendo a sua razão radical, nessa época”.[2]

 

Esta referência assumida a Wright, fundamenta-se na capacidade do mesmo em aperfeiçoar o espaço doméstico em benefício do conforto, através da pesquisa técnica, experimentos funcionais e expressão artísticas.  E vai um pouco além, vai de encontro à possibilidade de extensão do papel do arquiteto na definição projetual; na própria caracterização de uma premissa para o arquiteto moderno.

 

           [...] Wright foi um humanista que soube exprimir os ideais democráticos de seu mestre Sullivan[3]

 

            As residências da classe média e alta paulistana nos primeiros 40 anos do séc. XX se apresentavam com linguagens eclética ou neocolonial.  Os espaços internos eram influenciados pela habitação burguesa parisiense do séc. XIX  e sua divisão tripartida para o programa, distintamente: uso social, íntimo e serviços com a especialização funcional dos cômodos e as circulações segregadas.   O vestíbulo, localizado geralmente na entrada frontal, funcionava como mediador do acesso às três áreas.  No caso da implantação, estas construções apresentavam-se livres dos limites do lote urbano, influência direta dos recentes bairros-jardins de São Paulo.

           

É neste contexto que Vilanova Artigas passa a rediscutir o espaço doméstico, valores e padrões estabelecidos, baseando sua ação na eficiência da moderna casa norte-americana, sendo a “casinha”, como ele mesmo denominava sua primeira residência, o resultado concreto desse anseio.

 

“A casinha é de 1942..  Foi um rompimento meio grande.  A partir dela, foi a primeira vez que fiz e tive coragem de fazer porque era pra mim, me libertei inteiramente das formas que vinham vindo”.[4]

 

Em uma cidade como São Paulo, onde a inexistência de uma paisagem natural exuberante ou espaços públicos necessários à equalização da presença predominantemente privada, a operação feita por Artigas em rotacionar “sua casinha” 45° em relação aos limites do lote, revelam intenções mais abrangentes.

 

Fig. 2  Palacete paulistano.  Plantas e fachada [Fonte: Lemos. 1989])

 
[...] Para mim, elas (as casas) deveriam ser pensadas enquanto um objeto com quatro fachadas, mais ou menos iguais, ajustando-se a paisagem, como uma unidade.  E cada uma dessas casas, com suas características próprias, formaria um conjunto de unidades, resultando um bairro ou cidade mais equilibrada, onde cada um dos elementos falaria sua própria linguagem.[5]

Fig. 3  Plantas-Casinha [Fonte: F.V.A.]

 
 

 


Fig. 4  Foto externa

 
Ao levarmos em conta este depoimento, podemos deduzir duas relevâncias:  que o simples ato do “giro,” têm como primeira relevância a cidade e sua paisagem, condicionando o interior da residência às aberturas, estas às respectivas fachadas que, ao final, se relacionam com o entorno imediato[6].  A segunda seria o lote, que poderia ser elevado à condição de sítio (reforçada pela localização em esquina do mesmo) por implementar a construção vistas perspectivadas para quem a circunda, anulando-se distinções e ensinamentos de valorização fachadista da Escola Politécnica.

 

[...] marcou uma nova fase em todo tratamento volumétrico e formal daquilo que poderia se chamar fachada, porque a fachada desapareceu[7].

 

Esta proposição do arquiteto é analisada da seguinte maneira por Miguel Buzzar.

 

Este desacordo entre lote e a implantação a 45° da casa, era a afirmação da atividade do arquiteto enquanto construtor do espaço urbano, de forma inovadora e não reproduzindo o que estava dado pelo formato do lote”.[8]

 

É importante salientar que Frank Lloyd Wright utilizava o mesmo procedimento de não hierarquização das fachadas nas “Prairie Houses” no início do século XX.   Situadas geralmente em bairros suburbanos residenciais de Chicago, estas casas despejavam seus horizontais telhados e generosos beirais sobre a paisagem, numa tentativa de cooptá-la , fazendo-se presente em seus interiores.

 

Os interiores (salvo é claro, nas áreas onde era necessário haver isolamento) consistiam em espaços entrelaçados separados não com portas, mas com ângulos de visão cuidadosamente elaborados.  Quando a pessoa se movia através desses espaços interiores, estes se desdobravam em vistas dramáticas e sempre diferentes[9].

 

 

 

 

 

 

 

                                                  

 

 

 

 

Fig. 5  Casa Willits – Illinois. 1902

 
 


                                                                                                A casinha

 

 

Abrigado sobre telhado de quatro águas com inclinações variadas, o programa da “casinha” é polarizado por núcleo central hidráulico, formado pela bancada de serviços da cozinha, banheiro e lareira.  Mais do que minimizar custos, este é o “mote” pinçado do léxico wrightiano mais importante, é a partir deste núcleo que os espaços se organizam seguindo o mesmo raciocínio na elaboração das fachadas.  Não há hierarquia entre espaços, nem tão pouco portas, o percurso entre os espaços desenvolve-se de maneira continuada e valoriza-se quando o arquiteto usa procedimento topológico para empilhar o dormitório sobre o estúdio semi-escavado, criando meio-níveis e pés-direitos variados à residência térrea, nos moldes das “Prairie Houses”.

 

 

 

 

Fig. 7  Fotos-Casinha  [Fonte: F.V.A.]

 

 

 

 

Fig. 6  Cortes-Casinha  [Fonte: F.V.A.]

 

Fig. 8  Casa Isabel Roberts - 1908

 

Fig. 9  Foto-Casinha [Fonte: F.V.A.]

 
 

 


 


            Na busca da modernização do espaço doméstico, a área de serviços agregada a compacta cozinha, responde aquilo que estava sendo proposto pela indústria e as relações de trabalho da época[10].

 

            A definição de dependências pequenas, eficientes e funcionais refletia as mudanças que estavam ocorrendo no universo do trabalho doméstico.  Estimulada pela propaganda, que passou a vincular um estilo de vida americanizado, a classe média trouxe para o interior de suas moradias os recém-chegados eletrodomésticos de marcas norte-americanas.[11]

 

Fig. 10  Material de probaganda, década 40

 
            Contíguo a cozinha, as salas de jantar e estar nos dão pistas de como este setor coletivo será importante para Artigas em suas futuras fundamentações teórico-construtivas sobre os ideais do espaço comunitário.  Por serem generosas em suas dimensões (comparando-se com os demais ambientes), estes espaços sugerem uma ocupação de uso livre ou mesmo sobreposto.  No entanto, é importante saber o que norteou o arquiteto neste momento do projeto.

 

            [...]a casa norte-americana de Wright perdeu paredes, ligou-se com a paisagem, com o exterior .  Confundiu contornos de compartimentos e passou a definir-se pela dinâmica da vida, pela dinâmica da atividade humana a que se destinava[12]

 

                       Transferi algumas vivências minhas, de menino paranaense, do sul do Brasil, que têm sala e não sabe para quê.  A convivência da família brasileira era na cozinha.  Enquanto, na casa tradicional paulista, a sala de jantar se dirigiu na direção do “living-room”, pelo processo de transformar duas salas em uma, eu fui para a tradição brasileira de integrar a cozinha à sala.  Segui caminho diverso.  Sei que perdi a parada.  Mas a minha casa está lá”[13].

 

            A operação projetiva incomum à época, viabilizou e reforçou a equivalência entre planimetria e volumetria, em um processo que revelaria um outro universo para Artigas.  Utilizando-se da expressividade dos materiais na forma bruta, assim como Wright, a aparente singeleza da “casinha” incute um poderoso arsenal  de desdobramentos futuros à trajetória profissional de Artigas.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

                                                                                    Conclusão

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            No início dos anos 40, Vilanova Artigas, então com menos de 30 anos de idade, já possuía em seu currículo um total de 40 casas projetadas e construídas em São Paulo, uma das cidades que mais crescia no mundo.  A perspectiva de redemocratização brasileira com o final da era Vargas e também o desfecho da 2ª grande guerra, convergiam a possibilidades de grandes novidades.  Já com razoável experiência profissional, Artigas situa-se numa posição privilegiada para subverter aquilo que já era caduco.  Modernizar o espaço doméstico seguindo os passos do velho mestre Frank Lloyd Wright – mesmo sendo uma trajetória menor que uma década – serve para o arquiteto descobrir não só uma linguagem arquitetônica pessoal, ou contradições futuras, como disse o próprio Vilanova:  “Com Wright, entrei no mundo moderno”.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Bibliografia

 

 

Livros

 

ACAYABA, M. M. Branco e Preto: uma história de design brasileiro nos anos 50. São Paulo:  Instituto Lina Bo e P. M. Bardi, 1994.

ARTIGAS, João Batista Vilanova.  A função social do arquiteto.  São Paulo, Fundação Vilanova Artigas / Nobel, 1989.

ARTIGAS,  João Batista Vilanova. Caminhos da Arquitetura. 2ª ed. São Paulo, Pini/Fundação Vilanova Artigas,  1986.

ARTIGAS, João Batista Vilanova.  Vilanova Artigas: arquitetos brasileiros.  São Paulo, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi / Fundação Vilanova Artigas, 1997.

BLAKE, Peter.  Os grandes arquitetos, vol.3. Frank Lloyd Wright e o domínio do espaço.  Rio de Janeiro: Distribuidora Record, 1966.

BRUAND, Yves.  Arquitetura contemporânea no Brasil.  São Paulo: Perspectiva, 1981

KOPP, A. Quando o moderno não era um estilo e sim uma causa. São Paulo: Nobel/Edusp, 1990.

LEMOS, Carlos A.C.  História da casa brasileira.  São Paulo: Contexto, 1989.

LEMOS, Carlos A.C.  Alvenaria Burguesa: breve história da arquitetura residencial de tijolos em São Paulo a partir do ciclo econômico liderado pelo café.  São Paulo: Nobel, 1989.

MINDLIN, H. Modern architecture in Brazil. Rio de Janeiro: Colibri, 1956.

SEGAWA, H. Arquiteturas no Brasil 1900-1990. São Paulo: Edusp, 1999.

SEGAWA, H. Prelúdio à metrópole. São Paulo: Atelier, 2000.

TOLEDO, B. L. São Paulo: Três Cidades em um Século. São Paulo: Livraria Duas Cidades, 1981.

TRAMONTANO, M. Espaços Domésticos Flexíveis: notas sobre a produção da primeira geração de arquitetos modernistas brasileiros. São Paulo: FAUUSP, 1993. Mímeo.

TRAMONTANO, M. Paris-São Paulo-Tokyo: novos modos de vida, novos espaços de morar. Tese de Doutorado. São Paulo: FAUUSP, 1998.

TRAMONTANO, M. SQCB: Apartamentos e vida privada na cidade de São Paulo. Texto de Livre-Docência. São Carlos: EESC-USP, 2004.

XAVIER, Alberto. [Org.] Arquitetura moderna brasileira: depoimento de uma geração. São Paulo: Pini, 1987. 

 

Artigos em Revistas

 

ARTIGAS, Rosa Camargo et al. [1986]  “O debate interrompido”.  Arquitetura e Urbanismo, São Paulo, abril.

 

Dissertações

 

BUZZAR, Miguel A.  João Batista Vilanova Artigas: Elementos para a compreensão

de um caminho da arquitetura brasileira [1938-1967].  São Paulo, 1996.  Dissertação [Mestrado] – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo.

 

CASTRAL, Paulo César.  Territórios: A construção do espaço nas residências projetadas por Paulo Mendes da Rocha [décadas de 60 e 70].  São Carlos, 1998. Dissertação [Mestrado]-Escola de Engenharia  de São Carlos, Universidade de São Paulo.

 

TENÓRIO, Alexandre de Souza.  Casas de Vilanova Artigas.  São Carlos, 2003. Dissertação [Mestrado]-Escola de Engenharia  de São Carlos, Universidade de São Paulo.

 

 



[1] A questão política também pode ser adotada como um dos fatores decisivos para o estudo do arquiteto americano por parte de Artigas.  A posição dos Estados Unidos na conjuntura mundial do período caracterizava tal país como modelo liberal e democrático, em contraposição ao movimento facista.  Artigas estaria, então, nessa aproximação, fundamentando politicamente sua produção.  In: ARTIGAS, Rosa et al. [1986], p. 6.

 

[2] Depoimento de João Batista Vilanova Artigas à arquiteta Sylvia Ficher, agosto, 1982. p. 12

 

[3] ARTIGAS, Vilanova.  A função social do arquiteto.  São Paulo, Fundação Vilanova Artigas / Nobel, 1989.

[4] ARTIGAS, João Batista Vilanova.  Vilanova Artigas:  Arquitetos Brasileiros.  São Paulo, Instituto Lina Bo e P.M. Bardi / Fundação Vilanova Artigas, 1997. p.36.

 

[5] Depoimento de João Batista Vilanova Artigas. In: XAVIER, Alberto.  [Org.] Arquitetura Moderna Brasileira: Depoimento de uma geração.  São Paulo: Pini, 1987. pp.186-187.

 

[6] Artigas elaborou a abordagem do espaço como uma justa equação entre as esferas do viver coletivo e do individual.  Em última instância, refletia a estrutura da cidade, ou seja, as relações entre o espaço público e o espaço privado.  In: CASTRAL, Paulo César.  Territórios: A construção do espaço nas residências projetadas por Paulo Mendes da Rocha [décadas de 60 e 70].  São Carlos, 1998. Dissertação [Mestrado]-Escola de Engenharia  de São Carlos, Universidade de São Paulo. p.63.

[7] ARTIGAS, João Batista Vilanova . op. cit., p. 36.

[8] BUZZAR, Miguel A.  João Batista Vilanova Artigas: Elementos para a compreensão de um caminho da arquitetura brasileira [1938-1967].  São Paulo, 1996.  Dissertação [Mestrado] – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo. p. 246.

[9] BLAKE, Peter. In: Os grandes arquitetos, vol. 3.  Frank Lloyd Wright e o domínio do espaço.  Rio de Janeiro: Distribuidora Record, 1966. p. 33.

[10] É importante frisar neste momento, que este projeto não possui em seu programa dependências para funcionários, item essencial às residências da classe média da época que evocavam a burguesia e, num período não muito distante, o período do escravismo.  Foram muito poucos os projetos residenciais feitos por Artigas que não possuíam estas dependências.

 

11 LEMOS, Carlos A.C.  História da casa brasileira.  São Paulo: Contexto, 1989. p. 67.

[12] ARTIGAS, João B.V.  Caminhos da arquitetura.  São Paulo: Pini / Fundação Vilanova Artigas, 2ª Edição, 1986. p. 94.

[13] ARTIGAS, João Batista Vilanova. op. cit., p. 36