4.a. configuração interna estruturada a partir de cômodos funcionais, setorizados em áreas íntimas, coletivas e de serviços
3.h. utilização da informática na fase de projeto, como ferramenta criativa para discuções de novos processos projetuais
3.g. utilização da informática na fase de concepção do projeto
4.f. propõe novas abordagens sobre a relação entre espaços públicos e privados, a partir de uma estruturação não convencional das superfícies de habitação

projeto_23
arquiteto
pais
site
data do projeto
materiais

Paraloop
Actar Arquitectura
Espanha
www.actar.es/

2001
grama artificial e areia, borracha e plástico, madeira e asfalto
Fonte do texto: FONTE: Archilab
Radical Experiments in Global Architecture
Thames e Hudson. 2000.

O projeto foi criado para a exposição "Parasite" (Roterdam, 2000), buscando se inspirar em uma fábula: O homem procurando por uma casa e tirando todas as manhãs na busca pelo local dos seus sonhos; Ele pergunta a todos os seus amigos e viaja longe, escutando os mais velhos e procurando nas crianças, descobrindo diferentes estilos de vida e se apaixonando pelas paisagens. Ele emerge entre línguas, gostos e estações. Na sua volta, esses locais tomam forma com base na intensidade e na recorrência do seu sonho e ele os associa a uma seqüência de paisagens, uma estranha forma dobrada e curva, a sua "paisagem das paisagens", ou o "lugar dos lugares", o resumo dos seus desejos, onde ele viverá feliz até o final.
O escritório Actar propõe, nesta casa "à la carte", uma forma de combinar módulos e direcionar diferentes definições de "unidades de satisfação". Através do discurso contra a tipologia imposta à arquitetura de habitação, ele também questiona usos tradicionais, fazendo uma arquitetura que busca ser consciente dos símbolos e expressões dos nossos tempos, onde o lazer e o bem estar predominam.

Atividade ou relaxamento, intimidade ou espaço social, espaço de água, cuidados com o corpo e espaço para estacionar, todas as unidades estendem e definem os materiais: grama artificial e areia, borracha e plástico, madeira e asfalto. Do início ao fim, a faixa expressa personalidade: "tira nômade" e "tira ecológica". O arquiteto é livre para imaginar as dobras que ira fazer dentro da diversidade do programa. Com as duas pontas ligadas e características de semitransparência, curvas, rampas, a faixa circunda a si mesma, apoiada numa estrutura de metal que pode ser desmontada, com variados usos, dispersa, enfileirando as escadas e gradeando o teto do terraço.
A construção tanto expressa um vetor de hibridização entre o dentro e o fora, pele e estrutura, lugar e evento, enquanto arquitetura apresenta uma geografia artificial, entre a natureza e a cidade.
O projeto se torna um sonho atípico, como esta superfície dobrada encobrindo as várias facetas do programa, conjugando novas práticas e sensibilidade com as mudanças culturais do presente.