Não
há segmento na população atual com mais mobilidade que
os "sem-tetos". Por escolha ou circunstância se encontram
em movimento e precisam de uma moradia. O artista e arquiteto Michael Rakowitz
tem respondido com um temporário abrigo inflável, chamado paraSITE.
Feitos de sacos plásticos e fitas adesivas, em um orçamento
de 5 dólares por unidade, os abrigos são visíveis protestos
contra a condição dos desabrigados e "uma ajuda a prolongar
a vida daqueles afetados por isso", segundo relato do arquiteto.
De uma forma similar aos parasitas biológicos, o abrigo de Rakowitz
se conecta aos dutos externos dos edifícios, "sugando" o
ar urbano não usado. Inspirado pelas barracas dos acampamentos beduínos,
que são construídos considerando-se os padrões de vento,
os abrigos tem dupla membrana, com fios que esquentam a exaustão para
inflar e esquentar seus espaços de viver
Para
Rakowitz, cujo trabalho é "dividido por sua interação
como um cidadão e artista com aqueles que vivem na rua", só
um completo redesenho do programa social e serviço municipal combinado
com inovações com recursos para moradia começaria a dissolver
o problema dos desabrigados. Para o entrementes, seu visível parasitismo
assegura que aqueles afetados sempre estarão no olho do público.
Ser "visto" é meio caminho para a igualdade, diz o autor.
Fonte:
Extreme house; Courtney Smith + Sean Topham