O D-TOWER é um objeto
artístico, encomendado pela cidade de Doetinchem na Holanda, que mapeia
as emoções dos habitantes da mesma. D-tower registra diariamente
felicidade, amor, medo e ódio usando perguntas diferentes. A obra consiste
de uma torre de 12 metros de altura posicionada no centro da cidade, um website
e um questionário.
Coletando informações com bases estatísticas, D-tower
faz uso de um questionário objetivo de 360 perguntas com cinco possíveis
respostas que recebem uma determinada pontuação. Os questionários
se tornam disponíveis aos habitantes da cidade parceladamente, num
total de 4 perguntas por dia.
As respostas são coletadas pela D-tower, e os pontos são calculados
e transcritos para um gráfico, que são apresentados no website.
Devido aos CEPs dos participantes serem conhecidos pela D-tower, as emoções
dos participantes podem ser colocadas no mapa de Doetinchem. Isto permite
aos visitantes verem quais ruas abrigam as pessoas mais felizes da cidade,
onde estão as pessoas amedrontadas, e onde o amor flui.
Um seleto grupo de habitantes, de diferentes partes da cidade, que se inscreveram
voluntariamente, respondem às questões. Após se inscreverem,
os participantes recebem uma senha para acesso pessoal ao questionário.
Esse método assegura que a condição emocional da cidade
não seja influenciada por pessoas que não moram ali.
Na d-tower, cada emoção tem sua cor simbólica: vermelho
para amor, azul para felicidade, amarelo para medo e verde para ódio.
Diariamente, D-tower calcula a emoção dominante, baseada nas
respostas recebidas dos participantes e à noite, a torre acende em
uma dessas cores.
Cada pesquisa dura seis meses, como a D-tower apresenta 4 perguntas por dia,
um questionário se completa após seis meses. Após este
período, a pesquisa recomeça com novos participantes. Os resultados
são arquivados por dia e mês e podem ser acessados no website.
Além da pesquisa, d-tower oferece funcionalidade para comunicação
e trocas, visitantes e participantes podem publicar uma carta no website,
ou trocar pensamentos com outras pessoas em vários assuntos. Esses
"diálogos" são disponibilizados no website.
Concept Q.S. Serafijn,
Rotterdam
Design toren NOX architekten, Lars Spuybroek, Rotterdam
Internet and interactivity Q.S. Serafijn, Lars Spuybroek, V2_Lab (Enric
Gili Fort, Simon de Bakker, Maarten Handstede, Antoine van de Ven, Anne Nigten),
Rotterdam
Commissioner Gemeente Doetinchem
Project manager Paul van der Lee, Doetinchem
Advisory board Gonne Boddeke, Doetinchem,Rini Dado, Doesburg,Gerard
van Heel, Doetinchem,
Hans Huisman, Dieren Jan Jenniskens, Doetinchem,
Hans Pruyssers, Doesburg,Gert Taken (vert. provincie Gelderland),Caroline
Wendel, Doetinchem (secretaris),Henk Wubbels, Doetinchem (voorzitter)
Construction management Vitri BV, Velp
Contractor, placement and assembly of the tower Ten Brinke Bouw, Doetinchem
Production Synthetics Visionmachine, Delft
Moldmilling Komplot Mechanics, Delft
Synthetics Lamination Radius, Etten-Leur
Paving and groundwork Tuenter Wegenbouw, Dinxperlo
Pavement Imabo Van Buren
Lighting consultancy Technical Management TM, Amersfoort
Lighting techniques IBG Fiber Optics, Oud-Alblas
Infowebsite Lucia van der Lee
Sponsors and subsidies Gemeente Doetinchem, Bouwfonds Cultuurfonds
(Hoevelaken), Ten Brinke Bouw (Doetinchem), Stichting Cultuurfonds van de
Bank Nederlandse Gemeenten (Den Haag) Provincie Gelderland, IBG Fiber Optics
(Oud-Alblas), Imabo Van Buren (Doetinchem), Lammerts Kraanverhuur en Lammerts
Transport (Doetinchem), SNS Bank (Doetinchem), Technical Management TM(Amersfoort),
Tuenter Wegenbouw (Dinxperlo), Visionmachine (Delft), Vitri BV (Velp)
Thanks to Tessa Baars, Henk van Brenk, Nard Everdij, Joop Chevalking,
Jan van Hal, Pauline van der Heijden, Jan Jenniskens, De Gruitpoort, Petra
Obbes
NOX architekten | Lars Spuybroek
Nox tem trabalhado no desenvolvimento de possibilidades de um território arquitetural interativo por alguns anos. Sua análise das transformações relacionais provocadas pela multiplicação mídias de informação serve como o embrião para uma abordagem que vê no "world's extreme liquation" como um meio de projetar espaços onde a fusão da matéria e informação - e do sujeito e do objeto - se possível. Nox liberta suas áreas de certas lógicas arquiteturais para adaptar arquitetura à evolução em nossos moldes perceptivos. Mais do que mera adaptação, no entanto, ele sintetiza tecnologias existentes e emergentes. Uma materialização dessa pesquisa é o Fresh Water Pavilion, na FreshH2O EXPO, que se tornou um exemplo emblemático de uma arquitetura "líquida", como definido por Marcos Novak. Em uma fusão simultânea de paredes, piso e teto, o corpo do edifício se difunde num efeito como de uma onda para absorver o território. Não-agressiva, a arquitetura de Nox, se torna a interface para uma organização ativa do espaço onde visitantes agem sobre uma arquitetura que responde a essas ações. Os projetos mais recentes tocam na noção de uma arquitetura cognitiva atingindo um sistema "inteligente" de reação que muda de acordo com as necessidades e funções.
REFERÊNCIAS
DESKPROTO: GALLERY OF A DESKproto PROTYPING SYSTEM. D-Tower. Disponível em: <http://www.deskproto.com/gallery/dtower.htm>. Acesso em: 12 de maio de 2005.
D-Tower. Official Web Site. Disponível em: <http://www.d-toren.nl/site/>. Acesso em: 12 de maio de 2005.
NOX ARCHITEKTEN. Official Web Site. Disponível em: <http://www.archilab.org/public/1999/artistes/noxa01en.htm>.
Acesso em: 12 de maio de 2005.
SCHMAL, P. C. (org.). Digital
| Real: Blobmeister,
erste gebaute projekte. Basel: Birkhauser, 2001.
D-TOWER [1998-2001]
NOX architekten | Lars Spuybroek Rotterdam [Holanda]