A Embryological House é um estudo que envolve produção controlada por computador. O espaço doméstico é vedado por uma superfície composta por mais 2048 painéis, dos quais cada um é único em forma e tamanho. Estes painéis individuais estão interligados uns aos outros, de modo que uma mudança em um dos painéis pode ser transmitida a todos os outros do conjunto. As variações dessas superfícies são virtualmente infinitas, ainda que em cada variação haja sempre um número constante de painéis com uma relação firmada com os painéis próximos. O volume é definido como uma superfície suave e flexível de curvas, e não um conjunto fixo de pontos rígidos. As partes das curvaturas do invólucro são feitas de madeira, polímeros e aço, todos fabricados através de computadores robóticos e de uma máquina cortante a jato de água de alta pressão. O projeto, além de constituir uma alternativa á habitação espacialmente concebida em acordo com a geometria euclidiana, traz a influencia clara do contato com a natureza Hipertextual do virtual, na medida em propõe uma flexibilização da forma ao extremo, tratando a configuração do invólucro casa em termos topológicos. Traz ainda à cena a questão da possibilidade de inserir a produção da habitação no processo de industrialização, utilizando alta tecnologia.

A Embryological House pode ser descrita como uma estratégia para a criação de espaços domésticos que combina questões contemporâneas como a possibilidade de expressão da identidade, de customização e, sobretudo, a exploração da estética de superfícies onluladas renderizadas em cores opacas.
No projeto Embryological House foi empregado um rigorous sistema de limites geométricos que permite uma esfoliação com variações infinitas. Essa característica possibilita uma sensibilidade genérica comum a cada Embryological House, fazendo com que uma determinada casa/configuração, não seja idêntica a nenhuma outra. Essa técnica engloba características de vários produtos mercadológicos, como a possibilidade de expressar identidade através de um processo de customização a partir de uma base. A Embryological House possibilita variação e customização a partir de um mesmo gráfico, um sistema espacial, permitindo a emergência de novidade e o reconhecimento de padrões.
Complementando a possibilidade de experimentação durante um processo de design interativo, muitas das variações em cada Embryological House, emergem de adaptações a contingências - variáveis - como estilo de vida, topografia, clima, métodos construtivos, materiais, efeitos espaciais, necessidades funcionais e efeitos estéticos especiais.
No estágio de prototipagem, seis variações da Embryological House foram desenvolvidas para uma mesma combinação de contigências espaciaism funcionais, estéticas e de estilo de vida e doméstico. Assim, não existe uma Embryological House ideal. Cada variação ou instância é perfeita em sua mutação. A perfeição formal não consiste em especificações genéricas, banais ou primitivas, mas em uma combinação de únicas e intricadas variações de cada instância, e de contínuas similaridades de suas relatividades. As variações em um design específico de uma casa é responsabilidade específica são sustentadas pela subsistência de um envelope genérico de forma, alinhamento, adjacência e tamanho potenciais, dentre um conjunto fixo de elementos. Essa proposta constitui um salto em relação ao mecânico "kit-of-parts design" modernista. O processo, que envolve uma proposta de técnica construtiva dinâmica, interativa, se aproxima de um modelo biológico de design embriológico e construção.

 

Equipe Greg Lynn FORM: Andreas Fröch; Nicole Robertson; David Chow;
Jackilin Hah; David Erdman; Jefferson Ellinger; Sven Neumann;
Photography:Martin Rand, Venice, CA
Consultants:Garden design: Jeffrey Kipnis

Patrocínio: bolsa de pesquisa do International Design Forum Ulm, com
suporte adicional do Wexner Center for the Arts; CNC Robots e suporte acadêmico pelo UCLA Department of Architecture, Los Angeles
e pelo ETH Zürich. O modelo em escala 30% foi doado pela CNC DYNAMIX AG, Bueron, Switzerland.

 

GLFORM | Greg Lynn

Greg Lynn, influenciado por sua formação inicial em filosofia e arquitetura, tem se envolvido no esforço de combinar as realidades do design e da construção com potenciais especulativos, teóricos e experimentais, atuando como professor. É autor de diversos títulos que combinam seus interesses em cultura popular e contemporânea ao rigor da teoria e história em arquitetura um rigor teórico em arquitetura, incluindo: Intricacy [2003], Animate Form [1998], Folds, Bodies and Blobs: Collected Essays [1998] e Folding in Architecture [1993].
O estúdio Greg Lynn FORM explora o uso dos meios digitais por arquitetos como meio [media] de design, experimentando conceitos e procesos em projetos, publicações, pesquisa, envolvendo tecnologia avançada em design, além de uma aceleração da integração das tecnologias na construção. Cada novo projeto constrói-se a partir dessas bases. Greg Lynn FORM está no centro do debate e das discussões não apenas no que se refere à arquitetura norte-americana mas na arena da cultura internacional do design.


REFERÊNCIAS

http://www.glform.com

Lynn, G. Animate Form. Princeton Architectural Press; Bk&CD-Rom edition, 1998. 203 p.

Lynn, G. Folding in Architecture (Architectural Design Profile). John Wiley & Sons; Revised edition, 2004. 112 p.

Lynn, G. Folds, Bodies and Blobs: Collected Essays. Brussels: La Lettre Volée, 1998.

 

 

 

 

Embryological House | [1998-1999]

GLForm | Greg Lynn [Estados Unidos]