Habitação e Novas Mídias

Equipamentos e seus Usos no Habitar Contemporâneo

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A pesquisa foi financiada pela FAPESP - Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo, entre março de 2001 e fevereiro de 2002, e foi orientada pelo Prof. Dr. Marcelo Tramontano.

A pesquisa buscou mapear a situação da Automação Residencial brasileira com foco na cidade de São Paulo. Primeiramente, compilou-se e analisou-se uma série de equipamentos e sistemas para automação residencial oferecidos no país, verificando os reais impactos destes dentro do espaço doméstico e do comportamento dos habitantes. Num segundo momento, iniciou-se a produção de uma série de entrevistas com pensadores, conceptores espaciais mas também produtores e conceptores de sistema de automação.

Dentre as conclusões do estudo, verificou-se que a automação residencial no Brasil vem sendo tratada de forma funcional e limitada, sendo pensada quase que exclusivamente por engenheiros e profissionais de perfil técnico, que não consideram os modos de vida do morador, em suas proposições, além de se verificar que não há uma significativa mudança espacial ou comportamental com a introdução desses equipamentos nas residências.

Há alguns anos, aspectos dessa inquietação têm permeado as reflexões do NOMADS.usp, em sua linha de pesquisa Habitação e Virtualidade. Em seu esforço de entender a evolução atual da vida quotidiana da população urbanizada, buscando embasar o projeto de espaços domésticos mais em fase com o tempo presente.

O Núcleo, que faz parte da Universidade de São Paulo, é coordenado pelo Prof. Dr. Marcelo Tramontano, e parte da constatação de que tanto a comunicação interpessoal como o acesso a fontes de informação vêem-se cada vez mais mediados por dispositivos eletro-eletrônicos de transmissão à distância, e que a relação entre esses dispositivos e seus usuários tem se apoiado em graus crescentes de interatividade. A essa tendência vem somar-se uma outra: a de que o custo final de muitos desses dispositivos tem diminuído, a ponto de permitir sua disseminação entre grupos domésticos de menor renda, como ocorreu com os televisores, já há algumas décadas, e, bem mais recentemente, com os aparelhos telefônicos móveis - os celulares.