Filhos Ausentes: A Experiência Digital de Solonópole, Ce

Resumo
Dentre as várias aplicações das tecnologias de informação e comunicação na vida quotidiana, e, em especial, nas populações de baixa renda, destaca-se o caso de Solonópole, no sertão cearense, com apenas 9 mil habitantes. Todas as suas escolas possuem computadores e tem acesso à Internet, e os cidadãos podem, de suas casas, gratuitamente, acessar a rede, sendo inclusive possível em uma praça pública checar seus e-mails em um telecentro chamado Ilha Digital. Isto é possível através do uso de software livre, como Linux, e conexão via rádio, o que diminui significativamente o custo final. Além disso a transparência da administração de Solonópole pode ser comprovada no site da prefeitura, que disponibiliza diariamente a prestação de contas do município.
Independentemente de avaliações mais detidas, o que Solonópole mostra é que, no campo da inclusão digital, é preciso sobretudo vontade política aliada a conhecimentos técnicos capazes de propor soluções simples. No caso do acesso à rede a partir de casa ou de estabelecimentos comerciais, uma curiosa e inovadora expressão de vida comunitária tem ganho espaço. É que, devido ao custo relativamente alto da antena parabólica domiciliar, muitos têm se unido, dividindo os gastos de implantação e o uso da conexão, construindo, às vezes, um pequeno cômodo onde computadores podem ser utilizados por seus quatro ou cinco proprietários: uma espécie de pequeno telecentro particular, custeado com aporte financeiro dos usuários. Esse sistema tem funcionado tanto para casas quanto para comércios. Essas soluções podem ser utilizadas, principalmente, em unidades e conjuntos habitacionais de interesse social, por promoverem a integração social de seus usuário
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