O nome árabe desse país que chamamos de Argélia é El Djazaïr. Em português, significa 'as ilhas', uma multidão de ilhas que os acontecimentos históricos transformaram em tantos horizontes virtuais para seus habitantes, ou para ex-habitantes que se foram a reconstruí-las mentalmente em tantas outras margens. A França foi uma "potência" colonial estendendo suas fronteiras atomizadas de um lado ao outro do planeta, antes de voltar a encolher-se.
Colonizada e depois descolonizada, a Argélia também estilhaçou-se desde então em muitas ilhas que seus filhos levaram em suas malas, perpetuando uma Argélia virtual estendendo-se das periferias de Paris à Califórnia, do Zimbabwe às praias de Santo Domingo. As ilhas apenas fazem fronteira com o mar que as separa e as reúne, conformando as extremidades movediças de um território imaterial.
Mentais ou físicas, as idas e vindas entre as diferentes ilhas são constantes e favorecem a criação de laços duradouros. As ilhas tornam-se ex-ilhas, estrelas de uma galáxia virtual e de um território potencial en um porvir perpétuo.

Uma ilha tem fronteiras apenas com o mar que a circunda. Ela é ao mesmo tempo voltada sobre si mesma e aberta para o mundo. Essa fronteira natural induz uma noção de território particular sobre seus habitantes.
Há também a noção de território virtual. A Argélia é um território que tornou-se virtual para todos aqueles que a deixaram, seja por razões históricas, políticas ou econômicas. No entanto, ela existe ainda em seu imaginário, ela faz parte deles para além da geografia. Essa é uma das muitas pré-figurações dos territórios imateriais que se desenvolvem com as redes. Essa instalação se quer uma vibrante demonstração.

 

 

arquitetura/objetos
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interfaces
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ex-îles video

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  Le nom arabe de ce pays que l'on appelle Algérie est El Djazaïr, en français les îles, une multitude d'îles que les évènements historiques ont transformé pour une part en autant d'horizons virtuels pour ses habitants ou ex habitants partis les reconstruire mentalement sur de nombreuses autres rives. La France a été une "puissance" coloniale étendant ses frontières atomisées d’un bout à l’autre de la planète avant de se retracter.
L’Algérie, colonisée puis décolonisée, a depuis elle aussi éclaté en d’autant d’îles que ses enfants ont emmené dans leurs valises, perpétuant une Algérie virtuelle s’étendant des faubourgs de Paris à la Californie, du Zimbabwe aux plages de Saint-Domingue. Les îles n’ont de frontière que la mer qui les sépare et les réunit, dressant les extrêmités mouvantes d'un territoire immatériel.
Les allers-retours entre les différentes îles qu'ils soient mentaux ou physiques sont constants et favorisent la création de liens durables, les îles deviennent « ex-îles », autant d'étoiles d'une galaxie virtuelle et d'un territoire potentiel en perpetuel devenir..

Une île n’a de frontière que la mer qui l’entoure, elle est à la fois repliée sur elle-même et ouverte sur le monde. Cette frontière naturelle induit une notion de territoire particulière sur ses habitants.
Il y a aussi la notion de territoire virtuel, l’Algérie est un territoire devenu virtuel pour tous ceux qui l’ont quitté, que ce soit pour des raisons historiques, politiques ou économiques. Pourtant elle existe bien encore dans leur imaginaire, elle fait partie d’eux au-delà de la géographie, c'est une des nombreuses préfigurations des territoires immatériels qui se développent avec les réseaux, cette installation s'en veut une vibrante démonstration.