H2O é um espaço composto por um tanque de 5 metros de largura, por uma série de paredes com um grande espelho e elementos móveis que são animados e transformados em permanentes via imagens. Essas imagens mostram um personagem, uma sombra de mulher, que está vivendo nesse espaço que muda via sua gesticulação. O espaço transforma-se em diversos cômodos: uma sala de banho, uma praia, uma piscina, um balcão sobre o mar, etc. O visitante da instalação pode interagir com a cena, que é de sua escala e na qual ele é totalmente mergulhado pelo intermédio de uma superfície animada no chão. Quando alguém se coloca nesse carpete interativo, sua sombra se projeta na cena e um segundo personagem, a sombra de um homem, entra no espaço, sem incomodar as ações do primeiro personagem. Em função do lugar onde o visitante fica, sua percepção é diferente, o que permite olhar o conjunto da cena várias vezes descobrindo cada vez novos elementos. O espaço é multiplicado pela imagem e a imagem pelo espaço. Esse dispositivo faz com que a imagem da tela funda-se com o espaço cenográfico. Isso permite trabalhar tal espaço com a magia e a poesia a partir das imagem e da interatividade.
O conteúdo narrativo da instalação é uma referência ao livro do escritor argentino Adolfo Bioy Casares, chamado "A Invenção de Morel", que trata de uma máquina que permite criar vários tipos de imagens virtuais de pessoas que as fazem viver em ciclo pela eternidade.

 
  L’espace est composée d’un bassin de 5m de long, d’une série de murs dont un grand miroir et d’éléments de mobilier qui sont animés et transformés en permanence par le biais de l’image. Ces images mettent en scène un personnage, une silhouette de femme, qui vit dans cet espace et le transforme par sa gestuelle. L’espace devient tour à tour différents décors : une salle de bain, une plage, une piscine, une terrasse sur la mer, etc. Les visiteurs peuvent interagir dans cette scène, qui est à leur échelle et dans laquelle ils sont déjà totalement immergés, par l’intermédiaire d’une surface animée au sol. Lorsqu’il se place sur ce tapis interactif, l’ombre du visiteur se projette dans la scène et un second personnage, la silhouette d’un homme, entre à son tour dans la scène, sans perturber les actions du premier personnage. En fonction de l’endroit où l’on se place, la perception est différente et l’animation fait qu’on peut regarder l’ensemble de la scène plusieurs fois en découvrant à chaque fois de nouveaux éléments. L’espace est démultiplié par l’image et l’image par l’espace. Ce dispositif fait totalement sortir l’image de l’écran pour la faire fusionner avec l’espace scénographique. Cela permet de travailler l’espace scénographique avec la magie et la poésie permises par l’image et l’interactivité.
Le contenu narratif de l’installation est une référence au roman de l’écrivain argentin Adolfo Bioy Casares, l’invention de Morel, qui traite d’une machine permettant de créer des sortes d’images virtuelles de personnes pour les faire vivre en boucle pour l’éternité.
 

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H2O video

+info: www.electronicshadow.com