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Contexto

Até meados da década de 1970, apartamentos e casas, implantados tanto em lotes urbanos convencionais como em vilas, eram as opções de moradia para paulistanos pertencentes aos estratos remediados e abastados. Só então começam a surgir novas modalidades habitacionais na cidade de São Paulo, propostas pelo mercado imobiliário para estas mesmas camadas da população: os flats, os condomínios fechados, verticais - de edifícios de apartamentos - e horizontais - de casas - , além dos loteamentos fechados, implantados não no perímetro urbano da cidade, mas nas suas cercanias e em municípios vizinhos, áreas da chamada região metropolitana.


Descrever a expansão dos condomínios horizontais fechados em São Paulo e em sua região metropolitana, na última década do século XX, exige esboçar um histórico da implantação desses conjuntos, sistematizar e interpretar os dados quantitativos disponíveis e, por fim, destacar os aspectos legais que os envolvem. Estas abordagens são fundamentais não só para a definição da modalidade habitacional condomínio horizontal fechado, mas para o entendimento da sua consolidação.


Aurélio Buarque de Holanda define condomínio como "domínio exercido juntamente com outrem; co-propriedade" , mas comumente chama-se condomínio o "objeto do condomínio" ou a "contribuição para as despesas comuns, em edifícios de apartamentos" . É também corriqueiro usar o termo condomínio para designar conjuntos de casas murados, configurados a partir de loteamentos convencionais, chamados loteamentos fechados. O uso variado desta terminologia pode levar a alguns equívocos, que implicam na própria definição do recorte de estudo aqui proposto. É necessário, então, diferenciar loteamentos fechados de condomínios horizontais fechados, mesmo que, em alguns casos, do ponto de vista estritamente formal, as diferenças entre eles não sejam tão significativas, como se verá. É importante também destacar os aspectos legais que envolvem a implantação desses dois tipos de conjunto, pois eles explicitam, também neste âmbito, conflitos entre esferas privadas e públicas. No calor das disputas entre empresas privadas do setor imobiliário e poder público municipal, a responsabilidade pela construção de sistema viário, a manutenção de serviços, e, principalmente, a questão do acesso controlado, são alguns pontos nevrálgicos.
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Contexto | Referências | Dimensões | Team

Essa pesquisa mapeia a evolução dos condomínios horizontais fechados construídos na Região Metropolitana de São Paulo entre 1992 e 2001, apoiando-se em dados diversos sobre a totalidade dos condomínios construídos no período, que são, hoje, parte do banco de dados do Nomads.usp.

Além de definir e quantificar as diversas realizações, a pesquisa detém-se na análise das unidades oferecidas pelo mercado imobiliário e na análise de suas peças publicitárias.

O conteúdo online é apenas parte do texto final da pesquisa, que constituiu a dissertação de mestrado da arquiteta Denise Mônaco dos Santos, intitulada Atrás dos muros: unidades habitacionais em condomínios horizontais fechados, no Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da USP, em São Carlos.

 

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