::O 25° Fuso Horário::                                                Version Française  |  English version

O Electronic Shadow foi criado sob o signo da mestiçagem e da hibridação – mestiçagem das origens e culturas, hibridação de práticas transdisciplinares –, criação de novos territórios híbridos entre nossa realidade física e extensões digitais em potencial por meio das mídias eletrônicas.

Os projetos do Electronic Shadow baseiam-se em proposições novas em torno da noção de território e, portanto, de fronteira. Electronic Shadow fundamenta sua prática em um intercâmbio permanente entre uma aproximação conceitual utópica – inventar possibilidades nas vias abertas pelas novas mídias – e as limitações tecnológicas, industriais e culturais do real, fazendo um grande esforço para que as possibilidades tornem-se reais.


O conceito original do 25° fuso horário imaginado por Electronic Shadow e explorado em vários projetos põe em questão nossa percepção do espaço-tempo propondo de maneira realista a integração das novas tecnologias ao nosso entorno físico, não apenas de um ponto de vista tecnológico mas de um ponto de vista social, criando as fundações de uma nova relação com a territorialidade e portanto de uma nova realidade.

O 25° fuso horário é o da internet, um novo espaço-tempo de ubiquidade e instantaneidade, de memória e de criação. Ele não corresponde a uma zona em particular decidida em função de convenções geográficas ou políticas. É um novo espaço-tempo. É, no entanto, possível explorar esse espaço virtual e infinito, e é, aliás, explorando-o que o fazemos existir porque ele é ao mesmo tempo a expressão da memória e a memória da expressão.

Muitos de nós pertencem hoje a essa geração de novos nômades que exploram esse espaço definindo mais ou menos seus contornos. Nosso espaço de trabalho de desloca conosco por toda parte, as tecnologias são portáteis, o território físico não nos impõe seus limites. Em Paris, Alger, Palermo ou Helsinque, cada ponto de conexão à rede oferece uma abertura para esses novos territórios. Nessa ótica, nós realizamos vários modelos de espaços híbridos, híbridos entre sua realidade física e sua presença na internet, ou divididos entre muitos lugares. Trata-se de criar uma ponte entre o público presente em um espaço de exposição, por exemplo, e o público presente através de computadores distantes, em casa ou em outro lugar.

Com freqüência utilisamos a referência da água e mais particularmente do mar, que é uma metáfora perfeita do fluxo de informações digitais e das redes como internet. Assim, nossa instalação V-Med, Mediterrâneo Virtual, propunha um mergulho em um espaço da memória dividido entre diferentes lugares do mundo. Utilizando esse vocabulário, o conceito de ilha é fundador em nosso trabalho há muito tempo. Nossa aventura na Sicilia é, aliás, uma perfeita encarnação disso.


                                                                                                      Electronic Shadow

. Electronic Shadow por Marcelo Tramontano

. arquitetura/objetos

. interfaces

. Entrevista: Nomads_Electronic Shadow