Processos de Design

Interactive Design with Supple Pavilion Model

Motivações para a pesquisa:

Como estimular e promover a participação das pessoas em processos de troca de informação e conhecimento na construção dos espaços arquitetônicos urbanos contemporâneos? É possível uma ação coletiva para o espaço coletivo? Como as metodologias de projeto baseadas na criação arquitetônica produzida por processos mediados por ambientes digitais podem contribuir na concepção de espacialidades híbridas reconfiguráveis, não só pelos designers, mas principalmente pelos usuários? De que modo os projetistas envolvidos nesses processos de design[1] poderiam interagir com o problema arquitetônico e propor soluções por meio de sistemas mais colaborativos, flexíveis e democráticos, na busca de uma arquitetura expandida, qualificada mais por meio de ações performativas do que representativas?
Para Pierre Lévy[2], a compreensão de um espaço e de uma cultura gerados a partir da evolução das tecnologias da informação e da comunicação se faz necessária na medida em que se deseja um entendimento mais amplo das transformações na relação com o saber, das questões relativas à educação e à formação, da cidade e da democracia, da manutenção da diversidade das línguas e das culturas, dos problemas da exclusão e das desigualdades nas cidades e nos espaços arquitetônicos. (LÉVY, 2001).
Estudos recentes, ocorridos especialmente a partir da 4ª Bienal Internacional de Roterdam em 2009, dão conta de que uma nova possibilidade de cidade aberta (Open City) pode apontar caminhos mais equilibrados para outros tipos de convivência, norteados pelos interesses comuns compartilhados entre as pessoas. Para Christiaanse (2010), curador da Bienal, a Cidade Aberta reflete uma sociedade aberta, colaborativa, onde reina a tolerância e na qual as pessoas têm oportunidades. Essa é uma forma de sociedade que talvez todos nós devêssemos aspirar.


[1] De acordo com Queiroz e Tramontano (2010) “processo de design refere-se ao conjunto de ações que resulta da interação entre atores como os mencionados por Cuff (2001), Emmitt(2007) e Fabrício (2002), ao co-laborar (ou trabalhar conjuntamente) para a produção de objetos arquitetônicos.” 
[2] Pierre Lévy (Tunísia, 1956) é um filósofo da informação que se ocupa em estudar as interações entre a Internet e a sociedade.